sábado, 20 de abril de 2013

colagem - papel s/ papel - da série DNA

 
                                                         2009

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Arvore da Vida


"Nós desaprendemos de ver na simples Natureza o sumo bem pelo qual nosso espírito anseia; portanto, nunca poderíamos contentar-nos com o mero realismo desprovido de todo e qualquer conteúdo superior"

É neste processo criador de Rudolf Steiner que identifico o conteúdo de minha obra, pois ela sempre foi baseada na Natureza. A produção que apresento nesta exposição faz com que eu me sinta uma recicladora das imagens, do papel e da Natureza. Da Natureza porque, mesmo de forma congelada, indiretamente estou colocando a matéria prima em seu habitat natural. Preciso agir assim, pois quando toco o papel, eu sinto a árvore. Talvez por isso, eu tenha tanta afinidade com a alma e a obra de Frans Krajcberg.
Achei curioso que, ao me expressar com os papéis, abandonei espontaneamente o rigor construtivo e geométrico das minhas telas, rigor que permanecia mesmo quando introduzia material orgânico ( cascas de árvores, folhas ou pétalas), soterrados sob densas camadas de tinta. Lá eu utilizava as formas, as cores e a tridimensionalidade dos volumes para narrar a história que a composição contava. Comecei estas colagens no ano 2000, quando, de maneira irresistível, me senti atraída pela riqueza da impressão gráfica. As cores, texturas e formas me seduziram. Não conseguia me desfazer do material impresso que a mim chegava. Achava um desperdício, uma crueldade jogar fora aquelas preciosidades.
Me vi trocando o pincel pela tesoura.
Minhas mãos cortavam as imagens que meu olhar fragmentava. Como resultado, estava fazendo uma abstração da figura dando uma nova significação a ela. Transformava os fragmentos em novas imagens. Comecei a reconstruir um novo universo. Comecei a reconstruir a Natureza, tendo o sensorial como estética. Senti o prazer da liberdade de ser e fazer. Me apaixonei por elas. Passei a me dedicar inteiramente às colagens.
O trabalho começou a nascer com uma estrutura espontânea e livre, dando nova forma ao movimento e um novo movimento à forma. Tanto nos preto e branco como nos coloridos, percebi a existência de uma unidade e de um desdobramento de tons que sugestiona uma tridimensionalidade, trabalhada pela sobreposição de planos. Através do efeito luz e sombra, pude “esculpir” novas imagens, ajudada pelas texturas e relevos. O efeito visual me levou aos mármores barrocos. Matéria, forma e essência – é disto que precisamos para criar e recriar.

Cristina Schleder


Este é o trabalho que eu venho realizando em papel e com papel.

É a dialética da Natureza em sua oposição e reconciliação com ela mesma.

A árvore é a Natureza que foi transformada em papel.
O papel é a Natureza voltando ao seu lugar e à sua essência.

Faço isso usando a imagem do objeto impresso no papel, de onde recorto as texturas, os relevos e os tons formados pela luz e pela sombra.

A reciclagem do papel é feita de uma maneira visual e sensorial.
A reciclagem aqui é proporcionada pela Arte.
É a reciclagem do papel transformada em Arte.
Desta forma mostro a divindade do belo transformando nosso Mundo.
Toda minha obra sempre foi baseada na Natureza.
É ela que faz a minha criatividade vir à tona de uma forma infindável.
É ela que me toca. Ela que me emociona.
Minha intenção é enaltecer a beleza, a grandiosidade e a generosidade deste mundo que nos abriga.
Tanto nas telas como nos papéis eu mostro que compartilhamos o planeta com estes seres possuidores de tanta força, pureza e delicadeza.
A natureza com seu poder de regeneração instantânea tem muito a ensinar ao ser humano.
Este meu novo trabalho, em papel, tem como finalidade colocar e devolver a Natureza ao seu lugar. Ao seu habitat.
Faço isso, usando a bidimensionalidade das imagens impressas no papel, de onde recorto as texturas, os relevos e os tons formados pela luz e pela sombra.
A folha de papel recebe as imagens figurativas da Natureza, através de sua própria matéria orgânica que foi transformada em matéria prima (papel), permitindo assim, que ela volte a viver exercendo sua majestade, mesmo que seja num visual congelado.
É a reciclagem do papel, feita de maneira visual e figurativa.
CURRICULO
1952 Nasce em São Paulo-Brasil
1992 Individual na Romero Britto Gallery _ Miami - USA
1993 Individual no Espaço W/Brasil - São Paulo - BR
1994 Coletiva no A Lanterna - São Paulo BR
1995 Individual no Gabinete 144 - São Paulo - BR
1996 Individual no Espaço Cultural Albert Einstein - São Paulo - BR
1997 Coletiva na Sede do Iate Clube - São Paulo - BR
1997 Individual no Zola - São Paulo - BR
2000 Individual na Mônica Filgueiras Galeria de Arte - São Paulo - BR
2001 Coletiva na Arte Infinita Galeria - São Paulo - BR
2001 Escreve e edita seu livro A Fênix
2004 Individual na Múltipla Galeria de Arte - São Paulo - BR
2005 Individual na Fundação Cultural Alice Seiler - Blumenau - BR
2006 Coletiva no British Council - São Paulo - BR
2007 Coletiva naTownship of Posidonia - Ilha de Syros - Grécia
2007 Coletiva no Congresso Grego de Ecologia - Ilha de Corfu - Grécia
2007 Coletiva na Polis International Network for Environmental Education
Ionnina - Grécia
2008 Coletiva na Fondation Charles-Léopold Mayer - Paris - França
2008 Coletiva Fundação Oscar Araripe - Tiradentes - MG - BR
2009 Coletiva Centro Cultural de Vinhedo - São Paulo - BR


































































MEU MAR








Brincando com o Pão de Açúcar














O AZUL DO CÉU QUE NOS ABRIGA
COM O AZUL DO MAR QUE NOS PURIFICA

Obras de 1997




Exposição inaugural do Espaço Cultural do Hospital Albert Einstein







Individual Gabinete 144 - 1995